Uma nova pesquisa da Genial/Quaest revelou que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 40% para 43% entre maio e julho deste ano. O levantamento mostra ainda que o índice de rejeição ao governo caiu de 57% para 53% no mesmo período.
De acordo com analistas, o crescimento da aprovação está diretamente ligado à postura firme do presidente Lula diante da ameaça do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que pretende aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, caso retorne ao poder nos Estados Unidos.
Ameaça externa, resposta nacional
A ameaça de Trump gerou forte repercussão no Brasil e uniu setores diversos da política e da sociedade em torno de uma resposta nacionalista. Lula foi às redes sociais e deu declarações públicas defendendo os produtores brasileiros e acusando Trump de promover uma política comercial “agressiva e injusta”.
A reação parece ter surtido efeito junto à opinião pública, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde a base do agronegócio é mais forte e sensível a medidas de exportação. A avaliação positiva cresceu entre empresários, pequenos produtores e eleitores moderados.
Números da pesquisa
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Aprovação do governo Lula: subiu de 40% (maio) para 43% (julho);
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Rejeição ao governo: caiu de 57% para 53%;
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Desempenho pessoal de Lula: 47% avaliam como positivo, contra 44% em maio.
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho, com margem de erro de 2 pontos percentuais, e foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-12345/2025.
️ Estratégia política em ano de tensão internacional
Com a aproximação das eleições presidenciais nos EUA, o Brasil observa atentamente os desdobramentos da campanha de Donald Trump, que lidera as pesquisas contra o atual presidente Joe Biden. Lula, por sua vez, tenta reforçar o discurso de soberania e defesa dos interesses nacionais, em um momento de alta tensão comercial.
Nos bastidores, o governo brasileiro busca alianças diplomáticas e econômicas alternativas para reduzir os riscos de um isolamento comercial, caso Trump vença e cumpra a promessa de tarifar produtos como soja, carne, aço e derivados minerais brasileiros.