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Zema critica medidas do STF e denuncia “perseguição política” a Bolsonaro.
Zema sai em defesa de Bolsonaro e afirma que medidas do STF representam “abuso” e “perseguição política”; aliados criticam “justiça politizada” e reforçam discurso de censura e excessos do Judiciário.
Por Administrador
Publicado em 18/07/2025 12:54 • Atualizado 18/07/2025 12:56
Regional

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), publicou nesta sexta-feira (18), em suas redes sociais, forte crítica às medidas cautelares impostas ao ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL). Para Zema, o episódio representa “mais um ato absurdo de perseguição política” e evidencia o que chamou de “justiça politizada”.

As medidas

Na manhã desta sexta, a Polícia Federal — a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do STF — deflagrou uma operação em Brasília e aplicou:

  • Monitoramento 24h por tornozeleira eletrônica;

  • Proibição de acesso a redes sociais;

  • Restrição de contato com outros investigados, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro;

  • Recolhimento noturno (das 19h às 7h);
    Isso faz parte de investigações sob sigilo no STF, que apontam possível ligação de Bolsonaro com incitação de atos antidemocráticos.

Zema: Justiça interferindo na democracia

Em tom contundente, Zema afirmou:

“Mais um ato absurdo de perseguição política a Jair Bolsonaro. Censuraram suas redes, proibiram de falar com o filho e obrigaram a usar tornozeleira eletrônica. Tudo isso num processo cheio de abusos e ilegalidades. Não existe democracia quando a Justiça é politizada.”

O governador, que figura como possível presidenciável em 2026, é um aliado declarado do ex‑presidente e foi o primeiro governador a se pronunciar criticamente sobre a ação.

Reação dos bolsonaristas

A movimentação gerou repercussão dentro do núcleo aliado de Bolsonaro:

  • Eduardo Bolsonaro afirmou que o ministro “redobrou a aposta” ao impor as medidas.

  • Flávio Bolsonaro criticou a “proposital humilhação” como instrumento de coação política.

  • Lideranças do PL publicaram nota conjunta classificando a ação como desproporcional e violadora de garantias constitucionais.

Operação da PF em Brasília

Além das restrições, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília. Entre os itens apreendidos estavam:

  • um pen drive escondido no banheiro;

  • cerca de US$ 14 000 e R$ 8 000 em espécie;

  • uma cópia impressa de petição contra Alexandre de Moraes, apresentada pela plataforma Rumble nos EUA.

Bolsonaro negou conhecimento sobre o pen drive e qualificou a operação de “suprema humilhação”.

Contexto político e repercussão

A atuação do STF, especialmente do ministro Moraes, tem enfrentado acusações de ativismo judicial de setores da direita. Essa postura se intensificou após a CPI das “fake news” e acusações de incitação a atos antidemocráticos por parte de Bolsonaro e apoiadores. O episódio marca um momento de tensão institucional, com aliados do ex‑presidente exigindo anistia ou medidas de retaliação legislativa.

O que vem a seguir

Com o processo sob sigilo, se sabe que as medidas cautelares ficarão vigentes até decisão final do STF. A defesa de Bolsonaro promete recorrer em todas as instâncias. No Congresso, o PL e seus aliados pressionam por intervenção e tramitação de projetos de anistia. No campo jurídico, a discussão gira em torno da legalidade e proporcionalidade das medidas.

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